Hoje foi finalmente o dia da primeira entrevista, na altura achamos um pouco estranho que em Julho marcassem a entrevista para Outubro, agora não parece assim tão estranho, desta vez tinham feito mesmo o trabalho de casa, a psicóloga é a mesma do primeiro processo e lembrasse muito bem de nós. Para nosso espanto despacharam hoje todo o processo, as 3 ou 4 entrevistas habituais, ficaram resumidas a esta, duas horas de conversa franca e agradável encerraram o assunto. Teremos que esperar que chegue o bendito certificado de aprovação, mas segundo elas já estamos na lista....resta portanto esperar que algures apareça a nossa menina.
Imagem de Ná Nunes, retirada de aqui:
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Um casal meu vizinho, com idades aproximadas de 45 anos, têm uma filha de 12 anos, cujo parto não correu muito bem e a mãe ficou impedida de ter mais filhos, mas também nunca se tinham importado muito sobre esse facto, para eles o mais importante é que a filha tinha saúde e era muito amada.
Imagem retirada da internet
Sempre sonhei com a adopção, mas pensava nisso como um projecto para mais tarde. A Infertilidade bateu-nos à porta e foi assim que no dia 20 de Maio de 2008 que tivemos a primeira entrevista na segurança social, para dar início ao processo de adopção! A Educadora que nos entrevistou foi muito simpática mas também muito fria e crua, disse que os processos podem ser muito longos, mas podem também ser muito rápidos. Que são crianças que requerem atenção especial pelo que já passaram e que é raro crianças para adopção com menos de 1 ano, pela morosidade dos processos. Ficou muito admirada por sermos muito novos, especialmente o meu marido, diz que somos um caso raro (Eu tenho 28 e ele 26). Mas disse que isso é uma vantagem, pois preferem entregar as crianças mais novas a casais mais novos.
Ela teve também algum receio que não tivéssemos pensado bem no assunto, por sermos muito novos, e falou na possibilidade de ter um filho biológico e se isso alteraria a minha vontade e disponibilidade para adoptar. Não vejo nisso um problema, penso que as relações entre irmãos são sempre positivas e uma coisa não invalida a outra. Acabou por ser uma conversa agradável de esclarecimento da realidade da adopção. Saímos de lá hilariantes, com um sorriso contagiante, como duas crianças.
Surpreende-nos bastante a reacção das pessoas, que até aqui tem reagido muito bem mesmo. Pensei que houvessem alguns mais reticentes que outros, mas nem por isso.
Aguardamos por um filho que espera por nós assim como esperamos por ele. Ainda não o conhecemos, mas ele tem já um lugar especial nos nossos corações. Temos a espera em comum, uma espera que não é fácil, mas mais cedo ou mais tarde iremos de encontro a ele.
Ana Filipa H.
Imagem retirada da intrnet
Estou teórica e oficialmente a 26 dias do prazo legal para dar por terminada a primeira fase do meu processo de adopção. Já fizemos as entrevistas, já recebemos a visita domiciliária, e pelas “restrições” que colocámos na adopção, todos nos dizem que o nosso processo não deverá ser muito longo. Assim o esperamos.
Porquê adoptar? É curiosa esta pergunta. Sempre tive este sonho, mas nunca o contei a ninguém. O meu marido a mesma coisa. Depois de 2 filhos biológicos, e com o sonho de termos no mínimo 3, surgiu esta opção, para nós natural, que se está a tornar dia a dia cada vez mais uma realidade.
Quando começámos a contar à família, aos amigos mais chegados, NUNCA ninguém nos perguntou isso. Têm feito as mais variadas perguntas: então e quando vem, queres menino ou menina, idade, a escola, a arrumação dos quartos dos miúdos, etc etc, mas ninguém me perguntou o porquê.
Daí que ache curioso…
No entanto, e porque entendo que essa opção possa causar estranheza a algumas pessoas, vou explicar um pouquinho as nossas razões, para nós mais do que óbvias e “inexplicáveis”.
Tenho apenas um irmão, mas em compensação tenho 8 primos direitos, e sempre fomos criados juntos, sempre juntávamos a família toda nos aniversários, Natal, Páscoa, etc. Agora, com quase todos casados e pais de filhos, continuamos a fazer isso, com maior ou menor regularidade. Estou pois, muito habituada a ter a casa sempre cheia de crianças, de família. Estamos juntos nos bons e nos maus momentos. Somos muitos, e gostamos de nos reunir e saber que contamos uns com os outros.
A história do Z. é quase a oposta. Filho único, pouco habituado a conviver com os poucos primos que tem. Por isso, hoje com 44 anos sente a falta de outro apoio, agora que começa a caber-nos a tarefa de retribuir aos nossos pais todo o apoio que nos deram no crescimento. Ao conhecer a minha família, sempre disse que gostava de proporcionar aos filhos este convívio.
A nossa história enquanto casal sempre teve como ponto assente os filhos. Sempre quisemos ter pelo menos 3, mais se for possível. Nasceu a F., nasceu o A.. Começámos a falar do seguinte. Começámos a falar da adopção. Começou a ser óbvio que esse era o caminho a seguir. Já passámos pela felicidade de 2 gravidezes. Porque não agora sermos família para uma criança que está por aí, numa instituição, sem pai nem mãe, sem família para lhe dar amor e carinho? Assim foi tomada a nossa opção.
Não pedimos nenhum bebé. Achamos que essa oportunidade pode ser dada a casais que não possam ter filhos biológicos. Optámos por uma criança até aos 6/7 anos, para poder ser o “irmão do meio”, ou o mais novo. Achamos que assim é uma opção justa para todas as pessoas envolvidas nestes processos.
Já só anseio por o/a ver, a correr no quintal. Anseio por ouvir as suas gargalhadas na piscina, anseio pelas brigas deles todos no banco de trás do carro.
Adoptar porquê? Naaaaaaaaa
Eu pergunto: Adoptar, porque não?
Sofia
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