"Dia Mundial da Criança - Testemunho de uma familia diferente
Desde sempre tive o desejo de adoptar uma criança. Sempre abominei a ideia de crianças a serem maltratadas, sem um lar, sem comida, sem carinho de qualquer espécie… enfim… sem AMOR.
Cedo me tentei informar de como fazê-lo… Bati a algumas portas, mas rapidamente percebi a triste realidade de que para adoptar sozinha teria de esperar pelos 30 anos.
Pouco depois de fazer 30 anos inscrevi-me numa lista de espera de adopção, na SS da minha área de residência. Nesta altura, pela primeira vez tive duvidas. Eu ia aceitar uma criança diferente… Será que eu era capaz? Desisti do processo…
Uns anos mais tarde, e depois de ter a certeza absoluta de que conseguiria ter um filho diferente, no dia 7 de Outubro de 2005, enviei a minha candidatura para a SS da área da minha residência.
O que é que eu pedia? Eu pedia uma criança até 3 anos, não interessava se menino ou menina, não importava etnia. Podia ter problemas, desde que não fosse deficiente profundo, não andasse em cadeira de rodas (moro num terceiro andar sem elevador) e não fosse
autista… no meu processo disse explicitamente que aceitava uma criança com Trissomia 21.
Em quatro meses fui considerada candidata individual apta e em menos de um ano apresentaram-me o processo do meu Tesourinho.
Do processo constava toda a história do Bruno: nasceu em 2003, tem cardiopatia (foi operado ao coração com 2 meses – meu pobre bebé), é portador de Trissomia 21 e na avaliação de desenvolvimento, realizada aos 31 meses, tinha apenas 19 meses de idade mental.
O processo não tinha fotos… o que eu dava para ver uma foto deste menino… juntar uma cara a tudo o que tinha lido…
As assistentes sociais perguntaram-me se eu queria ver fotos do menino. Eu disse que sim… se já me tinha apaixonado pela história dele, neste momento, interiormente, decidi que ele ia ser o meu filhote. No entanto, pedi um tempo para pensar em todo o processo do
menino e também para ver as reacções da família e amigos relativamente ao facto de o menino ter Trissomia 21.
As reacções da família não podiam ter sido piores… Foi talvez a semana mais difícil da minha vida… Com o apoio apenas de uma pessoa (que é hoje a Madrinha do meu menino).
Face a estas reacções pedi autorização para ver o menino antes de tomar a minha decisão definitiva. A autorização foi concedida e a visita agendada para o dia 03 de Outubro. Pedi à minha amiga que fosse comigo, para eu me sentir mais apoiada. Ela acedeu (obrigada Sandrinha)… A minha Mãe também fez questão de me acompanhar e eu não me opus…
Este foi talvez o meu maior erro… Fez e disse de tudo para que eu não quisesse o menino. Chegou finalmente a hora de conhecer o Bruno… Ele era tão lindo!!!
Tinha Trissomia 21, é verdade… Isso tornava-o especial… Adorei aquele menino…
No dia seguinte liguei para a SS a confirmar que este ia ser o meu FILHO. E pedi autorização para estar com ele no dia dos 3 aninhos dele (as visitas oficiais só começavam no dia 09 de Outubro).
No dia 6 fui convidada de honra da Ajuda de Berço para assistir à festinha de aniversário do meu filhote. Não me vou esquecer nunca do olhar desconfiado daquele menino para mim… O que é que esta estranha está aqui a fazer? Porque é que ela não para de olhar para mim? Porque é que ela me tira fotos? O que é que ela trás na mão? Uma prenda? Para mim? Imagino o que terá passado na cabecinha dele… As visitas duraram apenas três dias!!!
E ainda há quem diga que eles são diferentes… Nada disso… O meu menino (com Trissomia 21) apenas precisa do mesmo que todos os outros meninos: UM COLO, AMOR, CARINHO, MIMO, REGRAS, enfim… uma FAMILIA.
Era isto que eu me proponha a dar-lhe… E numa quinta-feira, no quarto dia de visitas, o Bruno veio para a sua casa.
Agora ele já não era só um menino com Trissomia 21. Era um menino com Trissomia 21 com uma família. Com uma família que o adora… Que o escolheu diferente dos outros por saber que embora diferente, o Tesourinho vai conseguir alcançar tudo o que quiser.
Por ter a certeza que ele vai conseguir ir longe, e com isto apenas quero dizer o mais longe que ele algum dia conseguir chegar. Vou adorá-lo sempre… independentemente de tudo…
Devo dizer-vos que, aos três anos de idade o Bruno ainda andava muito pouco, não sabia dar um beijo, mal dizia uma ou duas palavras que se entendessem, usava fraldas de dia e de noite, não demonstrava interesse por quase nada…
Hoje, com quatro anos e meio e há ano e meio com Mãe e Madrinha constantemente presentes e a ser constantemente estimulado, o Bruno dá os melhores beijinhos do mundo, corre, dá pontapés numa bola a correr, pula, dança, canta, já diz algumas palavras que qualquer comum mortal entende, à maneira dele, mas já começa a fazer frases (as preferidas dele são "bom dia Mamã / Madrinha"; "quero batatas e pão" e "quero pão com manteiga"), não usa fralda durante o dia desde Setembro do ano passado, já demonstra preferências por alguns desenhos animados, já pede alguns brinquedos na loja, já tem dois amigos preferidos (o Leandro e o Pedro), já pega num lápis sem ser obrigado e faz círculos, …
Claro que passei por todos os preconceitos que passa qualquer pessoa que tem um filho com Trissomia 21. A mim chegaram-me a dizer (alguém que tem um filho com Trissomia 21): "Nós não os queríamos ter e você vai buscar um… Porquê?"
Claro que já tive muitos problemas com escolas… Inclusive a escola onde o Bruno esteve no ano lectivo passado chegou a dizer à SS que eu era demasiado exigente com o menino e que o estimulava em demasia (elas tinham o menino numa sala com crianças de dois anos… claro que ele tinha de trabalhar em casa… o modelo dele eram crianças de 2 anos
e ele tinha 3…)
Nos dias 12 e 14 de Maio deste, o Bruno fez a avaliação (anual) de desenvolvimento. Fiquei tão orgulhosa do meu menino…Tal como diz a Mãe da Sara, para os nossos meninos, "o céu é o limite".
Maria João Pereira, mãe do Bruno"
http://otesourinho.blogspot.
Há algo que sempre causa grande ansiedade quando se fala de adopção: a relação emocional da criança que FOI adoptada com aquilo a - muitas vezes fantasiada - familia biológica. Parece-me até que que é uma fonte de ansiedade generalizada a todos os que ponderam avançar para este processo, ou que já s embrenharam nesta aventura de ser pais. Portanto e porque considero importante diversificar a partilha das experiências e vivências do outro lado do espelho - da criança - hoje insurge-se-me palrar sobr este tema.
Susana
Publicado originalmente no blog http://wakeuplittlesusy.blogs.sapo.pt/
(Susana..e que tal dares um nome ao blog?) :-)
Imagem retirada da internet
Sempre sonhei com a adopção, mas pensava nisso como um projecto para mais tarde. A Infertilidade bateu-nos à porta e foi assim que no dia 20 de Maio de 2008 que tivemos a primeira entrevista na segurança social, para dar início ao processo de adopção! A Educadora que nos entrevistou foi muito simpática mas também muito fria e crua, disse que os processos podem ser muito longos, mas podem também ser muito rápidos. Que são crianças que requerem atenção especial pelo que já passaram e que é raro crianças para adopção com menos de 1 ano, pela morosidade dos processos. Ficou muito admirada por sermos muito novos, especialmente o meu marido, diz que somos um caso raro (Eu tenho 28 e ele 26). Mas disse que isso é uma vantagem, pois preferem entregar as crianças mais novas a casais mais novos.
Ela teve também algum receio que não tivéssemos pensado bem no assunto, por sermos muito novos, e falou na possibilidade de ter um filho biológico e se isso alteraria a minha vontade e disponibilidade para adoptar. Não vejo nisso um problema, penso que as relações entre irmãos são sempre positivas e uma coisa não invalida a outra. Acabou por ser uma conversa agradável de esclarecimento da realidade da adopção. Saímos de lá hilariantes, com um sorriso contagiante, como duas crianças.
Surpreende-nos bastante a reacção das pessoas, que até aqui tem reagido muito bem mesmo. Pensei que houvessem alguns mais reticentes que outros, mas nem por isso.
Aguardamos por um filho que espera por nós assim como esperamos por ele. Ainda não o conhecemos, mas ele tem já um lugar especial nos nossos corações. Temos a espera em comum, uma espera que não é fácil, mas mais cedo ou mais tarde iremos de encontro a ele.
Ana Filipa H.
Estou teórica e oficialmente a 26 dias do prazo legal para dar por terminada a primeira fase do meu processo de adopção. Já fizemos as entrevistas, já recebemos a visita domiciliária, e pelas “restrições” que colocámos na adopção, todos nos dizem que o nosso processo não deverá ser muito longo. Assim o esperamos.
Porquê adoptar? É curiosa esta pergunta. Sempre tive este sonho, mas nunca o contei a ninguém. O meu marido a mesma coisa. Depois de 2 filhos biológicos, e com o sonho de termos no mínimo 3, surgiu esta opção, para nós natural, que se está a tornar dia a dia cada vez mais uma realidade.
Quando começámos a contar à família, aos amigos mais chegados, NUNCA ninguém nos perguntou isso. Têm feito as mais variadas perguntas: então e quando vem, queres menino ou menina, idade, a escola, a arrumação dos quartos dos miúdos, etc etc, mas ninguém me perguntou o porquê.
Daí que ache curioso…
No entanto, e porque entendo que essa opção possa causar estranheza a algumas pessoas, vou explicar um pouquinho as nossas razões, para nós mais do que óbvias e “inexplicáveis”.
Tenho apenas um irmão, mas em compensação tenho 8 primos direitos, e sempre fomos criados juntos, sempre juntávamos a família toda nos aniversários, Natal, Páscoa, etc. Agora, com quase todos casados e pais de filhos, continuamos a fazer isso, com maior ou menor regularidade. Estou pois, muito habituada a ter a casa sempre cheia de crianças, de família. Estamos juntos nos bons e nos maus momentos. Somos muitos, e gostamos de nos reunir e saber que contamos uns com os outros.
A história do Z. é quase a oposta. Filho único, pouco habituado a conviver com os poucos primos que tem. Por isso, hoje com 44 anos sente a falta de outro apoio, agora que começa a caber-nos a tarefa de retribuir aos nossos pais todo o apoio que nos deram no crescimento. Ao conhecer a minha família, sempre disse que gostava de proporcionar aos filhos este convívio.
A nossa história enquanto casal sempre teve como ponto assente os filhos. Sempre quisemos ter pelo menos 3, mais se for possível. Nasceu a F., nasceu o A.. Começámos a falar do seguinte. Começámos a falar da adopção. Começou a ser óbvio que esse era o caminho a seguir. Já passámos pela felicidade de 2 gravidezes. Porque não agora sermos família para uma criança que está por aí, numa instituição, sem pai nem mãe, sem família para lhe dar amor e carinho? Assim foi tomada a nossa opção.
Não pedimos nenhum bebé. Achamos que essa oportunidade pode ser dada a casais que não possam ter filhos biológicos. Optámos por uma criança até aos 6/7 anos, para poder ser o “irmão do meio”, ou o mais novo. Achamos que assim é uma opção justa para todas as pessoas envolvidas nestes processos.
Já só anseio por o/a ver, a correr no quintal. Anseio por ouvir as suas gargalhadas na piscina, anseio pelas brigas deles todos no banco de trás do carro.
Adoptar porquê? Naaaaaaaaa
Eu pergunto: Adoptar, porque não?
Sofia
Ontem recebi no meu email este poema que foi escrito por alguém que está a passar por um processo de adopção, alguém que espera e desespera por um filho, alguém que tem muito amor para dar.
"A propósito do Natal, nesta data recordo-me sempre o dia em que fiquei a saber que os meus pais, não eram os meus "pais de sangue". Devia ter por volta de uns 6 anos, assistia com a minha mãe a um programa sobre o nascimento de Jesus. A certa altura dizia-se que Jesus era filho adoptivo de José. Eu viro-me para a minha mãe e pergunto-lhe: "o que é filho adoptivo?", e a minha mãe friamente diz-me: "olha, tu por exemplo, és filha adoptiva, não saíste da barriga da mãe, a mãe foi-te buscar a uma casa aonde estavam muitas crianças abandonadas". Imaginam a minha cara, não? O mundo caiu sobre mim. A partir desse dia nunca mais vi a minha mãe com os mesmos olhos. Sei que esse dia foi determinante para a nossa relação até hoje. Sim, fui adoptada com 4 anos, não tenho recordações algumas para trás dessa idade, por isso a minha surpresa quando esta "novidade" me foi anunciada. Fiquei triste muito triste mas a primeira pergunta que fiz foi: "tenho irmãos?", "tens um irmão", foi a resposta que me foi dada. Mas afinal tinha 4 e dois bem perto de mim e eu sem nada saber... Após muitas tentativas e de muitas buscas aos 16 anos descobri os meus irmãos Paulo e Odete que afinal vivam tão perto de mim. Hoje a minha irmã é a minha melhor amiga e o meu irmão, bem, temos uma relação de altos e baixos, muito por culpa da mulher dele e do nosso feitio igual, mas amo-o muito. Continuo sem perceber, porque perdoar perdoei há muito tempo, porque é que a minha mãe biológica nos abandonou. Conheço-a e não gosto dela, aliás não gostar não é bem o termo, não tenho sentimento algum por ela, é como uma pessoa qualquer e sinto é recíproco... A minha mãe adoptiva, bem... aos 18 anos saí de casa por não aguentar mais. Hoje temos uma relação, como nunca tivemos. Melhorou muito depois do nascimento do meu filho mais velho, era ela que ficava com ele até ter entrado na escola aos 4 anos. Tenho pena, alguma dor mesmo, por saber que as coisas podia ter sido diferentes se ela não tivesse uma obsessão tão grande por mim, era amor demais, daquele que nos sufoca e não nos deixa viver... Fez de mim a mulher que hoje sou, incutiu-me bons valores, que me impediram de ir pelos maus caminhos, apesar de todas as minhas cabeçadas desde os 18 anos até hoje, penso que sempre tentei e acho que consegui, manter-me digna. E hoje com 2 filhos vejo algumas coisas de maneira diferente, mas o que vivi com ela ensinou-me que tenho que deixá-los fazer as suas escolhas, não deixando de dar os meus conselhos e estar sempre com os braços estendidos quando precisam de mim, que é exactamente o oposto do que fizeram comigo. Adoptar uma criança e fazer dela a sua filha é um grande acto amor, talvez o maior de todos e no fundo agradeço à minha mãe de coração tudo o que fez por mim e por ter feito de mim uma Mulher!" Escrito aqui em 25-01-2008
Quando trouxeram o N., a R. tinha 18 meses, era uma criança precoce, não tivemos uma única cena, não mudou, não passou a fazer birras, adoptou o mano com a mesma velocidade que o mano adoptou a mãe. É claro que durante uns tempos cada vez que tínhamos alguma visita com bebés, sentíamos que ela ficava na expectativa se aquele também ia cá ficar em casa ou se ia embora com os pais.... afinal, para ela tinham chegado uns adultos um dia com um bebé e foram-se embora sem ele.
Quando temos uma criança com 18 meses e outra com um ano não há muito a explicar, as coisas simplesmente vão acontecendo. Uma das perguntas que as pessoas me fazem mais vezes é, como é que se conta a uma criança que ela é adoptada?, será que devemos contar?, quando?, e porquê? então e se já existirem filhos biológicos?, como é que lhes contamos a eles?
É evidente que para estas coisas não há receitas, cada caso é um caso, cada criança é diferente de todas as outras, e a maneira como os pais encaram o assunto também varia. Existem pessoas que se resistem a contar, ainda há pouco tempo uma das professoras dos meus filhos veio falar com a minha mulher porque tinha uma criança com 7 ou oito anos que era adoptada e não o sabia, os pais não queriam contar e ela não sabia como lidar com a situação.
No nosso caso não era fácil esconder, entre uma criança loira e outra mulata não há como esconder, mas tenho a certeza que teríamos agido da mesma forma se fossem ambos mulatos ou ambos loiros, nós simplesmente fomos dizendo as coisas de forma natural e à medida que eles vão crescendo nós vamos acrescentando detalhes.
Começamos por explicar à R. que o N. estava numa casinha, porque os pais não podiam cuidar dele e portanto nós ficamos pais dele, a historia da casinha foi-os acompanhando e passou a ser uma coisa natural, tão natural que um dia tinha a R. 3 ou 4 anos, aconteceu que estávamos a ter uma conversa com alguém que dizia que ter filhos era muito complicado, e problemático, não se sabia se era menino ou menina, depois os quartos, as camas..... e ela vira-se para a pessoa e diz:
-Não, isso não é problema, vais à casinha, escolhes o menino e já está, assim não tens esses problemas todos!
Com o tempo eles foram crescendo e as coisas foram evoluindo, até ao ponto que o N. quis ir visitar a casinha onde esteve, é claro que a R. também quis ir, e foram, e estiveram montes de tempo e no fim foi difícil convence-los que não podiam trazer para mana aquela menina linda que lá estava e não tinha pais.
Entre os 5 e os 6 anos, a R. meteu na cabeça que queria uma irmã, mas não era um bebé, era uma irmã grande para poder brincar com ela sem as implicações do mano.....íamos à casinha ........
Isto passou a ser tão natural que o facto de ser adoptado desapareceu completamente, e ainda bem, porque há problemas bem mais difíceis de lidar, como a cor da pele, o racismo, etc.
A minha opinião pessoal, é que o assunto deve ser tratado como algo natural, devemos conseguir mostrar à criança que a adopção é algo normal e que ela é amada da mesma forma, e deve ser algo que cresça com ela. Entendo que quanto mais tarde isto for contado, mais complicado irá ser.
Há uns tempos li o livro "Yo soy adoptado", é um livro escrito na Espanha com 11 histórias de adopção contadas pelos adoptados, em 11, 9 mais tarde ou mais cedo quiseram conhecer os pais biológicos, a curiosidade faz parte de sermos humanos, e acho que é natural que alguém que foi adoptado queira conhecer as suas origens, mesmo que depois sinta que não faz parte daquela historia e não mantenha contactos.
Só mais um detalhe, não é possível esconder para sempre o facto de uma criança ser adoptada, na certidão de nascimento que é necessária para o casamento é obrigatório que venha o nome dos pais biológicos, isto para evitar casamentos consanguíneos....
Bom, já sabe, quer um filho, vá à casinha, nada de cegonhas nem de Paris ... R. Dixit.
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