Sobre a adopção internacional em Cabo Verde

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Domingo, 25 de Novembro de 2012

Sobre a adopção internacional em Cabo Verde

Adopção internacional

Tal como expliquei no outro dia no post "As vidas não se deixam a meio", estivemos em Cabo Verde para mais um passo do já longo processo de adopção da D.

Apesar dos vários posts que já aqui escrevi sobre o assunto ou talvez graças a eles, continuo a receber muitos mails e comentários aos posts com perguntas de quem olha para Cabo Verde como uma alternativa aos demorados processos nacionais.

Já aqui falei sobre os processos de adopção neste país, foi neste post cuja leitura recomendo, mesmo a quem não está interessado em adoptar..

Como também já disse antes, Cabo Verde adoptou a convenção de Haia a 1 de Janeiro de 2010, o processo da D. entrou em tribunal em Dezembro de 2009 e por aquilo que vou sabendo, terá sido ela a última criança a vir para Portugal. Com a adopção da convenção de Haia as regras mudaram e é suposto que após a reorganização política, social e judicial, os processos fiquem muito parecidos com o que são por cá.

Como sei que há muita gente interessada, questionei o nosso advogado sobre este assunto e a resposta foi muito clara. Desde 2010 que não há adopção em Cabo Verde, as palavras dele foram que as autoridades políticas e judiciárias não são favoráveis à adopção internacional e portanto as coisas continuam mais ou menos como no inicio de 2010.

Sei que há muita gente que continua a enviar processos para Cabo Verde, na minha opinião estas pessoas deverão continuar a apostar na adopção nacional e noutros países, nos próximos tempos dificilmente serão adoptadas mais crianças em Cabo Verde.

Jorge Soares

Retirado do Blog O que é o Jantar?

tags: adopção, adopção internacional, amor, cabo verde, crianças, eu, filhos, opinião, país, vida

publicado por Jorge Soares às 22:47

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2 comentários:

De Cristina a 21 de Dezembro de 2012 às 07:31

Andei a ler vários posts e não resisti a deixar aqui um breve comentário sobre a adoção internacional, pois não tenho, neste momento, muito tempo para escrever. Há um caminho, há uma esperança, há uma luz no fundo do túnel, nem todas as portas se fecharam a nível internacional.
Eu e o meu marido somos pais de coração desde abril deste ano, a melhor decisão das nossas vidas, em que o amor é tão grande que não seria maior se fosse uma filha biológica. Ela é a nossa filha! Fomos o primeiro casal português a adotar na BULGÁRIA sob a mediação da "Bem me Queres". Claro que a Segurança Social portuguesa teve que nos considerar um casal apto para adotar.
Quando a nossa princesinha veio para Portugal connosco, ela era já nossa filha, não éramos "pais à experiência". Os filhos não voltam para a barriga e, por isso, devolver crianças é algo que me entristece muito ao ouvir falar sobre crianças que regressam às instituições, porque não preencheram os "requisitos" de casais à espera do filho perfeito. A respeito do post sobre crianças devolvidas, as crianças não são mercadorias que escolhemos no supermercado e que podemos devolver, não são máquinas que se fizerem muito barulho, desligamos o botão, mas todas são perfeitas, porque todas elas só querem e tem direito a colo. Doenças? Quem não as tem ou não vem a ter ao longo da vida? É uma criança que precisa de sentir o carinho, a proteção, o colo dos papás. Quando vou buscar a minha filha ao infantário para além de correr para os meus braços a chamar "mamã", não vem embora, sem antes dizer aos coleguinhas: "é a minha mamã!"
Um abraço
Cristina

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De Nina Alves a 19 de Janeiro de 2014 às 02:29

Boas,

Queria apenas deixar um contributo que, espero, seja util para quem pense adoptar por via internacional.
Cabo Verde é a situaçâo que ja foi falada neste post que, pelo que conheco, se mantem. A Bulgaria é uma opçao, por poder obter mediaçao, principalmente para quem quer adoptar crianças mais pequenas. Ja agora, é bom ouvir em primeira mao a opiniâo de quem adoptou no país :)
O Brasil, que é o país do qual tenho maior conhecimento, tem um processo mais semelhante ao nosso. Varia segundo o Estado, sendo que ainda existem alguns em que se vai a instituiçao \"escolher\" a criança. Na maioria, é colocado o pedido ca e quando aceite a familia é contactada para ir ao país. No caso destes ultimos Estados, muitos apresentam informaçao de quais os tipos de criancas disponiveis (exemplo: so sao aceites de pedidos de criancas deficientes, com mais de 5 anos ou grupos de irmâos). É ainda obrigatorio passar 30 dias no país, sendo que a criança sai de lá ja com adopçao plena.

Cumprimentos

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